OS SAKSATS E OS AVESA-AVATARAS


Quando Sanatana Gosvami tentou confirmar que as características pessoais do Senhor Caitanya eram iguais àquelas da encarnação desta era, o próprio Senhor Caitanya fez uma confirmação indireta, dizendo apenas: “Deixemos de lado todas essas discussões e continuemos com a descrição dos saktyavesa-avataras”.

O Senhor Caitanya indicou então que os saktyavesa-avataras são ilimitados e que ninguém pode calcular o seu número. No entanto, podem-se mencionar alguns deles como exemplos:

As encarnações saktyavesa-avataras pertencem a duas classes: diretas e indiretas.

Quando o próprio Senhor vem, Ele é chamado de saksat, ou um "saktyavesa-avatara" direto, e quando, para representá-lo, ele dota de poder uma entidade viva, esta se chama uma encarnação indireta, ou avesa ou "avesa-avatar".

Exemplos de avataras indiretos são os quatro Kumaras, Narada, Prthu e Parasurama.

Na realidade, eles são entidades vivas, porém, receberam da Suprema Personalidade de Deus poderes específicos. Quando o Senhor Supremo investe uma opulência específica em entidades específicas, estas se chamam "avesa-avataras". Os quatro Kumaras representam sobretudo a opulência cognitiva do Senhor Supremo. Narada representa o serviço devocional ao Senhor Supremo.



Jesus Cristo também pode ser classificado como sendo um "avesa-avatara", pois revela todas as 7 opulências nas qualificações descritas a esse respeito.

Milhares de anos antes, sua vinda já era prevista pelos profetas, dentre eles destaca-se Isaias, que 800 antes do nascimento de Jesus, previu como ele iria nascer, e como seria sua vida, sobre Sua natureza de Deus em Pessoa, sobre Seu caráter e caminho de ações e sobre muitos detalhes de Sua vida, e até mesmo como seria a sua morte. E ele era anunciado por esses profetas (Moisés, o rei Davi, os profetas Isaías, Daniel e Zacarias) como a própria encarnação de Deus que viria na forma do Messias para libertar o povo de seus sofrimentos.





O serviço devocional também é representado pelo Senhor Caitanya, o Avatara Dourado, descrito nos capítulos finais, que é considerado como a representação plena do serviço devocional.

Em Brahma, investiu-se a opulência do poder criativo; no rei Prthu, investiu-se o poder de matar elementos malignos. A respeito da vibhuti, o favor especial da Suprema Personalidade de Deus, descreve-se no Décimo Capítulo do Bhagavad-gita que quando uma entidade viva tem poder ou beleza extraordinários, deve-se considerar que ela recebeu o favor especial do Senhor Supremo.

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